
Uma advogada foi presa em flagrante pela Polícia Federal ao tentar sacar um precatório de cerca de R$ 1 milhão utilizando documentos falsos em uma agência da Caixa Econômica Federal, situada na sede da Justiça Federal, no Centro do Rio de Janeiro.
De acordo com informações publicadas, a mulher apresentou uma procuração falsificada para se passar pela verdadeira credora do precatório.
O golpe foi descoberto pelos funcionários da Caixa, que notaram inconsistências nas assinaturas e nos dados apresentados. Diante da suspeita, a equipe de segurança acionou a Polícia Federal, que realizou a prisão no local.
A suspeita foi levada à Superintendência da PF, onde prestou depoimento e foi autuada pelos crimes de falsidade ideológica e tentativa de estelionato. O valor, que estava prestes a ser sacado, permanece bloqueado até a conclusão das investigações e deverá ser restituído à legítima titular do crédito.
Segundo a Polícia Federal, há indícios de que outras pessoas possam estar envolvidas no esquema. As investigações continuam para identificar possíveis comparsas e verificar se houve outras tentativas de fraudes semelhantes em processos de pagamento de precatórios e RPVs (Requisições de Pequeno Valor).
Caixa e Justiça Federal reforçam combate a fraudes em Precatórios
Nos últimos anos, a Caixa Econômica Federal e os Tribunais Regionais Federais têm intensificado medidas de segurança para impedir golpes envolvendo créditos judiciais.
Entre as ações adotadas estão o cruzamento eletrônico de dados pessoais, validação por biometria facial e bloqueio preventivo de pagamentos suspeitos.
Essas medidas foram ampliadas após o aumento do número de tentativas de fraudes, principalmente em precatórios federais de alto valor, que despertam o interesse de quadrilhas especializadas.
Casos como o registrado no Rio de Janeiro reforçam a necessidade de cautela por parte dos credores e rigor nas verificações documentais antes da liberação dos recursos.
Além disso, a própria Polícia Federal vem monitorando grupos que tentam se aproveitar da morosidade e da complexidade do sistema de pagamentos para aplicar golpes. As autoridades alertam que nenhum saque de precatório pode ser feito sem conferência de identidade e documentos originais do titular ou de seu representante legal devidamente constituído.
Segurança e orientação ao credor
Especialistas recomendam que os beneficiários acompanhem periodicamente seus processos de precatórios e RPVs pelos portais oficiais da Justiça Federal e evitem compartilhar informações pessoais ou documentos com desconhecidos.
Também é importante verificar a autenticidade de procuradores ou advogados antes de conceder qualquer autorização para saque ou movimentação do crédito.
O caso serve como alerta para que credores redobrem a atenção e busquem fontes confiáveis de informação sobre seus direitos, evitando cair em golpes ou entregar dados sensíveis a terceiros.
Fonte: Rondonotícias